domingo, 11 de março de 2012

A necessidade de coerência entre vestimenta e convicções
Dada a unidade que existe em nossas tendências, princípios, convicções e comportamentos, a forma como nos vestimos, não pode deixar de influenciar a nossa mentalidade.
Vestir um determinado tipo de roupa, constitui uma forma de comportamento, e quando a roupa já não reflete adequadamente nossas tendências, princípios e convicções, a mentalidade da pessoa começa a sofrer uma mudança imperceptível para permanecer “em sintonia” com a forma como se apresenta a si mesma. Isso ocorre porque a razão humana, pela força da lógica inerente a ela, visa estabelecer naturalmente uma coerência entre pensamento e comportamento.
Esta regra é magnificamente resumida na famosa frase do escritor francês Paul Bourget: “É preciso viver como se pensa, sob pena de, mais cedo ou mais tarde acabar pensando como se viveu.”
O processo de transformação ou erosão de princípios pode ser retardado ou impedido pelo fervor religioso de uma pessoa, tendências ou idéias profundamente enraizadas, e outros fatores. No entanto, se a incoerência entre o comportamento – refletida na maneira de vestir – e seus princípios e convicções não é eliminada, o processo de erosão, não importa o quão lento, torna-se inexorável. (créditos- http://rosamulher.wordpress.com)

Trouxe esse texto como reflexão sobre como mesmo quando não queremos, demonstramos quem somos através do vestir.. a maior vitrine de nós mesmos, que representa quem somos, esse comportamento transvestido por roupas e adornos. Já ouvi por diversas vezes, por exemplo, inclusive muito recentimente uma colega que por se definir num dia de rebeldia pintou as unhas de vermelho e acabara de fazer uma nova tatuagem.. esses dois elementos não são trazidos a baila no momento, mas acredito que representam bem o quanto o esteriótipo fala muito sobre quem somos e como estamos nos sentindo.
Na literatura: "Couraça muscular do caráter" de José Ângelo Gaiarsa- uma leitura de Wilhelm Reich, o autor enfatiza o quanto nos conhecemos pouco um ao outro e o quanto esse processo depende de dois elementos fundamentos para o auto-conhecimento, levando em conta o pressuposto que acredito, que para conhecer o outro é preciso se conhecer primeiramente, o espelho e a determinação para se olhar sem máscaras (ou couraças).
Pergunto-me o quanto essa nova geração que começa na famosa "geração Y", a partir da década de 70 está disposta às mudanças e reavaliações de seus comportamentos que na época entendo que eram necessários para conquistas e quebras de paradigmas, mas que hoje, se fazem necessárias novas reflexões para realinhar, equilibrar os pólos extremos da libertação que em alguns momentos se fizeram imprescindíveis as libertinagens e o pudor total. O que seria adequado nos dias de hoje? como os pais de hoje (que fizeram parte dessa geração Y) podem propiciar um realinhamento para as crianças de hoje e produtores de opiniões do futuro?
Acredito que somente a reflexão pode nos propiciar respostas ou instigar-nos a toda mudança que se faz necessária.

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