Estou passando por uma fase muito
peculiar da mulher- a gravidez.
E sempre pensei e muitas vezes
verbalizei que ser mãe não era um dom. Discordava do ditado popular de que toda
mulher nasceu para ser mãe.
Agora posso falar que ratifico
meu pensamento. Ser mãe não é dom, nem é para todas as mulheres. Ser mãe é uma
escolha.
Fiquei e estou atenta a todas as
mudanças e acontecimentos durante minha gestação. Estou no 5º mês e houve
mudanças consideráveis, principalmente corporais.
No primeiro mês é o período de certezas e
incertezas da gestação, logo não se coloca emoção, amor, e sim, expectativas...
se realmente está grávida, se o marido ou companheiro irá aceitar a gravidez,
como será o relacionamento...enfim, é um vulcão de questionamentos.
No segundo mês, se percebe as
mudanças hormonais, pra muitas os desejos, enjôos, seios inchados (pra quem não
foi beneficiada pela natureza , é um momento de felicidade rsrsr), as medidas
saltam de um 38 para um 40 fácil, fácil.
A partir do terceiro mês, a mãe
já está então consciente de que não tem mais volta. Ou ela aceita ser mãe e
começa a se preparar para uma nova vida, assumindo os ônus e bônus de ter um
filho ou então, se deprime, rejeitando esse filho. Na maioria das vezes esse
processo de aceitação ou rejeição é em nível inconsciente. Nisso vi vantagem em
ser Psicóloga, estou atenta a cada sentimento, emoção, mudança em mim. E digo,
não é por ser Psicóloga que estou isenta de um depressão.
Bom, o fato é que amar alguém não
é dom e sim uma escolha. Independentemente se é filho ou qualquer outra pessoa.
Resolvi escrever esse texto por
vários motivos:
1. Muitas
mulheres podem se achar “monstras” por não estar em êxtase nos primeiros meses
de gestação; o que não é verdade.
2. A
mulher como figura feminina e como “nova mãe”, mesmo as que já a são (acredito
que cada gestação é uma experiência única), tem que se conquistar, se amar, se
apreciar.. digo que um dos meus companheiros mais que em todos os outros
momentos, é o espelho. Cada mudança é observada e admirada. Faz parte da
conquista não é mesmo?
3. É
um momento de auto-reflexão; permeiam os pensamentos a infância, como fora
criada, os ganhos dessa criação, as perdas. Tudo isso acontece para elaboração
de que figura materna quer ser. E não é um processo fácil e indolor. Mas não se
subjuguem.. não é saudável para você nem para seu bebê esse peso.. Cuide do seu
agora e preocupe-se em estar bem para quando os momentos difíceis chegarem você
tenha estabilidade emocional para lidar com eles.
4. Faça
algo com suas próprias mãos. Descobri que isso te aproxima mais do bebê. Nâo
precisa ter habilidade de artista para criar algo para seu rebento. A internet
tem disponível sites que ensinam passo-a-passo decorações e mimos fáceis e
lindos.. o que vale aqui é seu envolvimento, o fazer parte dessa construção.
Acredite vai valer a pena.
5. Sonhe!
Deseje um bebê ativo, cheio de vida, que seja amado, que será feliz no lar que
está ansioso para recebê-lo.
6. Contagie-se
contagiando os que estão a sua volta. Caso você não esteja conseguindo, de um
SOS para os que você te cercam. Diga-lhes que precisa sentir deles essas
expectativas que lhe parecem longínquas. Se estiver num estágio depressivo, não
se cale.
7. Ficou
claro para mim que a mulher só começa a se tornar mãe em toda sua concepção a
partir do terceiro mês; cobre-se apenas o necessário.
Por enquanto,
essas foram as maiores percepções que decidi compartilhar com vocês. Pode ser
que muitos discordem de alguns posicionamentos. Mas como são experiências
minhas, e não um enunciado científico, fico a cavaleiro para ratificar a todas
as percepções aqui postadas.
SEM CONTAR QUE
MULHER GRÁVIDA NÃO PODE SER CONTRARIADA rsrsrsrsrs
Espero ter
contribuído para com algumas mulheres e público em geral.
Abraços meus e
do Guillermo.